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Encontro avalia Programa P1+2 e anuncia chegada do XI CBA.

Nos dias (27 e 28 de Dezembro de 2018), aconteceu em Monte Alegre de Sergipe, o encontro de avaliação do programa uma terra e duas águas (P1+2/ASA/BNDES), onde se discutiu a importância e trabalhos que a Articulação do Semiárido desenvolve, a análise da conjuntura do país, rodas de conversa sobre a importância dos movimentos sociais, metas do programa e trabalhos em grupos para avaliação das execuções.

O encontro contou com cerca de 70 beneficiários do programa e teve a presença de representantes da Coordenação ASA Sergipe (Daniela Bento), RESEA (Diogo Tavares) , Secretária Estadual de Agricultura do Estado de Sergipe (Franuel Fagner), representantes do MPA ( Rafaela Alves) e integrantes do Grupo Teatral Raízes Nordestinas e a equipe técnica da SASAC.

A coordenadora do Programa da UG SASAC Angelita Rocha destacou os desafios e possibilidades para potencialização das implementações para produção e enfatizou que a ASA caminha lado a lado dos agricultores na busca de um semiárido mais justo, igualitário e melhor para se viver. ”É no momento como este que podemos avaliar o trabalho e as ações que foram implementadas como o acesso à água para a produção. Também discutiremos como essas famílias receberão o acompanhamento técnico no segundo ano do programa, objetivando ampliar sua produção" disse Angelita Rocha, coordenadora do programa.

A coordenação Asa Sergipe (Daniela Bento), aproveitou o momento para destacar o trabalho da Articulação em forma de números de implementações já realizadas nesses vinte anos de ASA. “Durante esses vinte anos foram em média implementadas 624 mil cisternas de água para beber, 102 mil cisternas de água para produção, 223 viveiros de mudas e publicados 1319 boletins e candeeiros. Estas ações possibilitaram o fortalecimento do projeto de convivência com o semiárido fortalecendo a construção de processos participativos para o desenvolvimento sustentável e de convivência referenciados em valores culturais e de justiça social”. Disse, Daniela Bento, representante da coordenação ASA Sergipe.

A mesma falou sobre o XI Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA), que ocorrerá em novembro de 2019 no estado de Sergipe. Um evento onde a participação dos agricultores familiares será o diferencial do congresso onde os mesmos estarão apresentando suas experiências para outros agricultores, para a comunidade acadêmica e o público em geral. “Um fortalecimento do movimento agroecológico como ciência que potencializa e integra o processo de construção do conhecimento das diversidades agroecológicas”. Disse Daniela.

O representante da Secretária Estadual de Agricultura do Estado de Sergipe( Franuel Fagner), falou sobre a importância do trabalho da ASA exaltando a execução o programa P1+2; e o envolvimento da SEAGRI nesse processo como parceria. “ A SEAGRI sempre esteve presente como parceira ou executora dos projetos e programas e todos esses anos vem desenvolvendo ações sustentáveis em todo o território sergipano e além disso está envolvida em todo processo de construção da Lei da Agroecologia (a Lei Nº 7.270/11), e com sua a aprovação irá fomentar e alavancar todas essas ações e projetos ”. disse Franuel.

O evento foi marcado com a irreverência das apresentações do Grupo Teatral Raízes Nordestinas onde os agricultores puderam se ver representados pelos personagens dramatizados. Ainda os participantes puderam avaliar todas as etapas que compõem a mobilização do P1+2, desde o cadastramento, conteúdo aplicado nas capacitações de GAPA e SISMA, intercâmbios, encontros, reuniões, a construção das tecnologias, a atuação da equipe e o apoio oferecido SASAC.

Para a agricultora Maria Rosa, 37 anos, “o encontro foi uma maravilha. Estou aprendendo muita coisa nessas reuniões e acho que esse é o momento de agradecer e ver onde houve erros para melhorar os trabalhos”. Ela mora na Comunidade Deserto, em Porto da Folha - SE , e já começa a fazer planos com a cisterna calçadão que recebeu. Ela pretende ampliar a criação animal com suínos. No quintal já tem duas vacas e dois carneiros.

Em divisão de grupos eles avaliaram as fragilidades, ameaças, oportunidades e o que os fortalecem. Nessa roda de diálogo a participação, união, motivação e o acesso a informação, foram apontados como fatores que os permitem continuar vivendo no campo.

Ao fim do encontro os beneficiários agradeceram a oportunidade de também colaborarem com todo o processo de convivência com o Semiárido e se mostraram otimistas para o segundo ano do programa, onde as famílias fomento receberão assistência técnica com as tecnologias de acesso a água já recebidas.

Sobre o Programa.

O P1+2 é um Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semiárido da Articulação do Semiárido, que há 20 anos vem mudando a cara da realidade das famílias da região semiárida do Brasil. Tem como objetivo fomentar a construção de processos participativos de desenvolvimento rural no Semiárido brasileiro e promover a soberania, a segurança alimentar e nutricional e a geração de emprego e renda às famílias agricultoras, através do acesso e manejo sustentáveis da terra e da água para produção de alimentos.

ASA BRASIL


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